Trump manda carta a Lula e anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros






Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros: a diplomacia em formato de bulldozer

Na última quarta-feira, em um típico movimento que mistura geopolítica e comportamento de reality show, Donald Trump, eterno republicano e atual presidente dos Estados Unidos, decidiu assinar e enviar uma carta pública ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil. A peça literária, rica em nuances e sutilezas dignas de um roteirista de televisão, traz a empolgante novidade: a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. E, claro, como não poderia deixar de ser, isso tudo vai começar a valer a partir do glorioso dia 1º de agosto.

Os Justificadores e a Realidade Paradoxal

Trump, visivelmente nostálgico dos tempos de Jair Bolsonaro, justificou sua decisão fazendo uma crítica às ações do Brasil em relação ao ex-presidente. Em uma defesa digna do título de “O Amigo que Toda a Ditadura Gostaria de Ter”, lamentou o julgamento de Bolsonaro com um vocabulário que beira o dramático – “uma vergonha internacional”, disse ele.

Argumentos geopolíticos fresquinhos saíram do forno à lenha da Casa Branca: a ovelha negra, o Brasil, estaria a cometer “ataques insidiosos” às eleições livres e violaria a liberdade de expressão dos americanos – uma acusação fascinante, dado o hiato temporal de mais de uma década que o comércio desfavorável com os EUA ostenta. Sim, parece que a matemática perdida na sala de aula vai voltar na tarifação: o Brasil teve déficits comerciais seguidos com os Estados Unidos desde 2009, totalizando uns míseros US$ 88,61 bilhões de prejuízo em favor do tio Sam.

As Reações e a Retórica

A reação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil pode ser resumida em expressões ligeiramente polidas de incredulidade ingênua. Eles, os ilustres senhores e senhoras do MDIC, estavam mundialmente focados em obter um simpático acordo de 10% de tarifas para os gigantes do Brics, quando a realidade lhes deu um chute no estômago em formato de carta.

Após esse movimento de Trump, Lula, que anda ocupado com um roteiro digno de novela sobre o filho pródigo do Planalto, lembrou ao mundo que o grupo do Brics é soberano e não aceita essa ameaça de tarifação goela abaixo. Alguém tem que alertar Trump que a guerra retórica sem fatos concretos pode ser perigosa – e este alguém certamente não será a nova leva de advogados contratados pelo governo dos EUA para lidar com pequenos obstáculos como leis internacionais.

Conclusão: Negócios como de Costume

O que ficou claro é que Trump, especialista em provocar confusões globais e navegar as águas turvas da política internacional com descontração admirável, busca solidificar sua versão contemporânea da diplomacia de megafone: se não puder convencê-los, confunda-os.

Enquanto a poeira do anúncio ainda se assenta, ficamos aqui, espectadores de um drama geopolítico com roteiro imprevisível, aguardando as próximas cenas dessa novela global, onde acordos comerciais são agora uma emocionante extensão das batalhas de ego dignas de qualquer tabloide sensacionalista. E como bem sabemos, no “Blog do Tony”, sarcasmo e informação caminham de mãos dadas – porque alguém tem que fazer piada de bom gosto com uma situação que é pura ficção política disfarçada de realidade global.


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